segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Diabetes Insípida



A diabetes insípida é uma doença rara em cães e gatos e com sintomas parecidos com a diabetes mellitus, mas muito diferente dela tanto na causa como no tratamento. É uma condição em que o organismo não consegue manter o equilíbrio de água, o animal urina muito mais do que o normal e consequentemente bebe uma quantidade superior de água. Pode ser devido à baixa produção da hormona anti-diurética (ADH), que é responsável pela absorção de água a nível dos rins; e também pode ocorrer devido à incapacidade do rim responder à hormona, apesar de esta ser produzida pelo organismo e estar presente na corrente sanguínea.
A diabetes insípida pode ser central (quando há uma produção insuficiente de ADH), ou nefrogénica (quando os rins não respondem à ADH apropriadamente). A forma central da doença pode dever-se a um traumatismo, malformações cerebrais congénitas, tumores, ou não ter causa conhecida (idiopático). Por outro lado, a diabetes insípida nefrogénica é primária (familiar- no Huskie Siberiano) ou secundária (adquirida secundariamente a outras doenças e certos medicamentos). 
O sinal mais comum é a micção de grandes quantidades de urina diluída e clara, assim como o consumo excessivo de água, que muitas vezes leva o proprietário a acreditar que o seu animal é incontinente. Em gatos, uma queixa frequente é a necessidade de trocar a areia com mais frequência. Outros sinais clínicos como, os neurológicos (desorientação, convulsões) são os mais preocupantes. Alguns animais podem demostrar desidratação, se a perda de água pela urina não é compensada pelo aumento do consumo da mesma, o que pode causar coma e até mesmo a morte.
O diagnóstico inicial deve ter o intuito de excluir todas as causas de diabetes insípida secundária a outras doenças, sendo recomendado a realização de um exame físico completo, exame de sangue e urina, radiografia e/ou ecografia abdominal, assim como alguns testes hormonais e TAC.
A diabetes insípida central pode ser controlada com a administração da forma sintética da ADH, em comprimidos, spray nasal e gotas oculares. É importante ter em conta que não tem cura, mas que pode ser controlada de forma eficaz desde que seja diagnosticada e tratada atempadamente. Se o proprietário optar por não tratar o animal, este deve ter acesso ilimitado à água e estar num ambiente que lhe permita urinar grandes quantidades de urina sem problemas. O livre acesso à água é de extrema importância, uma vez que bastam pequenos períodos de restrição para que o animal fique extremamente desidratado e apresente sinais neurológicos.

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