terça-feira, 12 de março de 2013

Comportamento felino – com evitar os problemas mais frequentes (1ª Parte)



Os gatos selvagens eram geralmente caçadores solitários, ao contrário dos cães selvagens que caçavam em matilhas e por isso tem comportamentos sociais diferentes. Assim, tendo territórios de caça muito vastos e com diversos esconderijos, os gatos podiam escapar aos contactos indesejados com outros animais da mesma ou de diferentes espécies. Estas diferenças devem ser tidas em conta quando se pensa em ter um gato em casa pois vão implicar necessidade de adaptarmos o nosso comportamento e a nossa casa à sua chegada.

Os problemas de comportamento felino são frequentes e em grande parte devem-se à falta de locais em casa que lhes permitam expressar o seu comportamento normal e evitar situações que os assustam e causam stress como:
- Mudanças de casa ou em casa
- Novos animais (em casa ou na vizinhança)
- Densidade excessiva de animais em casa
- Saída de animais
- Agarrar excessivo (pegar ao colo, dar beijinhos, etc)
- Conflito com outros animais da casa

Nos gatos é muito importante evitar situações de stress crónico porque além de conduzir a problemas comportamentais, causa doenças físicas, como a obesidade, hipertensão e problemas urinários.
Há algumas coisas simples que a maioria das pessoas pode fazer para melhorar a relação com o seu gato e prevenir problemas:

1º - Introduzir novos animais (principalmente gatos) de forma progressiva

Ter dois gatos pode ser benéfico pois assim garantimos que não ficam sozinhos quando saímos de casa e tem sempre um companheiro de brincadeiras. Para quem pensa ter dois gatos é aconselhável que os traga para casa na mesma altura e desde pequenos para que possam habituar-se a partilhar o território e a socializar à medida que crescem. 

Caso se queiram introduzir um gato mais tarde, tendo já um adulto em casa, nunca se deve colocar os dois gatos em contacto de imediato. O gato residente já tem um território estável e a introdução de um novo elemento vai ser uma ameaça ao seu território que pode desencadear agressividade entre os animais.

O novo gato deve ter acesso apenas a uma divisão da casa de cada vez, sem contactar com o gato que já lá estava. Assim o novo gato pode explorar e conhecer cada canto da nova casa sem ser pressionado pelo outro, ao mesmo tempo que o gato residente pode-se ir habituando ao cheiro e presença de um novo elemento em casa. Os primeiros contactos visuais devem ser feitos aos poucos e sempre com uma barreira física pelo meio para que em caso de ataque ninguém se magoe. Assim que os momentos de contacto sejam calmos então os gatos poderão ir convivendo aos poucos no mesmo espaço.
Isto é válido para outros novos elementos em casa, sejam cães ou mesmo pessoas.

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