quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Leishmaniose canina - Uma doença mortal!



A leishmaniose canina é causada por uma infecção parasitária, transmitida de cão para cão através da picada de flebótomos infectados, uma espécie de mosquitos. Se o seu cão estiver infectado com o parasita, a doença pode não ser detectável de imediato. Os sintomas são variáveis como febre, perda de pêlo (sobretudo à volta dos olhos), perda de peso, feridas na pele, crescimento excessivo das unhas, anemia, artrite e insuficiência renal grave. Esta doença é frequentemente mortal e embora os tratamentos (dispendiosos) permitam controlar os sintomas, não curam a doença. 

Na Europa já existem 2,5 milhões de cães infectados com este parasita.

Rastreie o seu cão para esta doença.
O Outono/Inverno é a altura ideal para fazer o rastreio da leishmaniose canina. Este rastreio pode efectuar-se com uma simples colheita de sangue ao seu cão. Caso o seu animal seja negativo planeie a protecção para o seu cão. Portugal é um país de alto risco e existe agora a possibilidade de vacinar o seu animal contra esta doença. A protecção vacinal deve iniciar-se nesta época (Outono/Inverno) para que o seu cão possa enfrentar a época de maior perigo (Março a Outubro) com um nível elevado de defesas.

A prevenção é a melhor protecção!
A prevenção até agora era feita somente com produtos repelentes do mosquito flebotomos, como coleiras e spot-on específicos.
Após 20 anos de pesquisa, está agora disponível a vacina contra a leishmaniose canina. Com a vacinação é possível elevar o patamar de protecção do seu cão contra esta doença. O programa completo de vacinação inclui três injecções administradas com três semanas de intervalo, e confere ao seu cão uma protecção interna duradoura contra a doença. Depois será necessária apenas uma revacinação anual para manter os níveis de resistência imunitária do seu cão.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Passear o cão à trela sem puxões



Todos os cães, independentemente da raça ou do local onde vivem (apartamento ou quintal), devem ser passeados na rua várias vezes por dia pois nestas saídas o cão tem oportunidade de explorar o ambiente que o rodeia e interagir com outros animais e pessoas. Para que tanto o cão como o dono possam disfrutar dos benefícios do passeio, o cão deve estar ensinado a andar à trela calmamente, sem puxões.
O treino para andar com trela não é complicado, na maioria dos casos bastam alguns minutos diários para que o cachorro se habitue à trela. A base do sucesso é a paciência e nunca esquecer uma regra básica: o comportamento correto do cão deve ser recompensado e o comportamento errado deve ser desencorajado.
  •  Deve iniciar o treino aos 2 meses de vida pois quanto mais cedo começar a habituar o cachorro à trela mais fácil será a aprendizagem.
  • Primeiro deve habituar o cachorro à coleira durante 3 ou 4 dias. Nesse período não lha deve retirar e se ele a tentar roer deve desencoraja-lo e dar um brinquedo para ele roer.
  • Nunca deve bater com a trela no cachorro pois isso fará com que tenha medo da trela por a encarar como um castigo.
  •   Durante uns minutos por dia, em casa e sempre com o cachorro acompanhado, ate um cordel leve mas resistente à coleira do cão, deixe o cão andar com ele a arrastar no chão para que ele se comece a habituar com os puxões que sofre sempre que o pisa. Mais uma vez evite que ele roa e dê um brinquedo para ele roer.
  • Assim que o animal estiver habituado troque por um fio mais longo e mais grosso ou pela trela e continue a deixar o cão andar com ele a arrastar no chão alguns minutos por dia, sempre com companhia de alguém
  • Comece a pegar na ponta do fio/trela sem puxar e inicie pequenos percursos dentro de casa/quintal com ele pela trela, diversas vezes ao dia por pequenos períodos de tempo
  • Em seguida comece a ensiná-lo a caminhar pela trela fazendo o cão sentar-se ao seu lado e depois dando a ordem para avançar e começar a caminhar
  • Vá começando a abrandar o passo algumas vezes para o cão parar. Sempre que ele parar mande-o sentar-se e recompense-o com um biscoito/carícia e brincadeira.
  • Se o animal puxar a trela pare. Chame o cão a vir até si e não se mexa, mantendo sempre a trela firme. Quando ele vier recompense-o comum biscoito/carícia e brincadeira.
  • Se o cão insistir em puxar vire as costas ou mude de direção e mantenha a trela firme até que ele venha até si e aí poderá recompensa-lo.
  •   Nunca deve puxar o cão ou arrastá-lo com a trela pois assim ele ganha aversão à trela.
Em cães que puxam muitos donos escolhem usar coleiras estranguladoras com a esperança que o animal ao sentir-se “esganado” pare de puxar. Em muitos casos estes estranguladores não são eficazes porque os cães habituam-se ao desconforto e continuam a puxar pois sabem que no final vão conseguir chegar onde querem.
Outros donos optam por tentar o peitoral normal por verem que os cães se engasgam e tossem de tanto puxar na coleira. Estes peitorais normais são feitos para os cães exercerem mais força de cada vez que puxam e não devem ser usados em cães que puxam.
Além destes existem peitorais especiais para treinar cães a andar à trela sem puxões como o peitoral halti ou peitoral easy walk em que a trela fica apoiada na zona do peito do cão o que impede que ele ande à frente do dono.
 
Existem ainda os halti headcollar e os gentle leaders que são coleiras que se adaptam na cabeça, de forma semelhante a açaimes mas permitem que o cão coma, beba, respire e ladre. Com estas coleiras controlamos a cabeça do cão e por isso controlamos a sua atenção, além de que no caso de o animal tentar puxar automaticamente a cabeça fica baixa e ele para.
As coleiras que se adaptam na cabeça exigem alguma habituação para que o animal permita coloca-las enquanto os peitorais de treino são de adaptação muito fácil, principalmente em animais que usam já um peitoral.
Se mesmo com estes acessórios de treino o seu cão é difícil de controlar poderá ter aulas com um treinador profissional ou aconselhar-se junto do seu médico veterinário.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Desejamos a todos os amigos de pelo e penas um 
Feliz Dia do Animal!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Cursos de educação canina - Educacão Portugal Tour


A EDUCACÃO Centro de Educação Canina vai percorrer Portugal numa digressão que pretende ajudar na Obediência, Socialização e Resolução de Problemas de Comportamento dos seus cães e cachorros.

Estes cursos serão realizados sábado e domingo com o seguinte programa:


SÁBADO
MANHÃ
Teoria da aprendizagem
Condicionamento clássico
Condicionamento operante
Reforço positivo e negativo
Castigo positivo e negativo
Tabelas de reforço
Treino tradicional vs treino positivo
Ferramentas de trabalho tradicionais e positivas
Treino com clicker
Fundamentos regras e mitos
Técnicas de treino com clicker: luring, targeting, chaiping

TARDE
O treino com clicker – da teoria à prática
Carregar o clicker
Exercícios de obediência básica com clicker
Exercícios para melhorar a cognição do cão
Exercícios de relaxamento, controlo e manipulação do cão
Jogos para melhorar a relação e ligação com o seu cão
Sessão prática com os cães presentes
 

DOMINGO
MANHÃ
Problemas de comportamento e sua resolução com métodos positivos (clicker)
Correcção de problemas de comportamento nos cães presentes
Socialização
Ansiedade por separação
Agressividade intra e interespecifica
Medos e fobias
Puxar na trela
Saltar nas pessoas
Inibição do mordisco
Sessão prática com os cães presentes

TARDE
Treino de cães com clicker (práticas)
Sessão de esclarecimento para dúvidas e questões levantadas pelos participantes

PREÇO:
50 € (com ou sem cão). Se vier com um amigo a 2ª inscrição beneficia de 50% de desconto, ficando as 2 inscrições pelo valor de 75 €.

INSCRIÇÕES:

Assim que tivermos um número de inscritos, entre 25 a 30 participantes, marcamos a data do curso na sua cidade e efetivamos a sua inscrição. 
As pré-inscrições (sem compromisso) devem ser feitas por email (solicite a sua ficha de inscrição) para o mail fseducacao@gmail.com.
Logo que seja marcada a data na sua cidade, enviamos-lhe e-mail a confirmar a sua presença e a solicitar o pagamento da inscrição, que deverá ser efetivada para garantir a sua participação.

Fonte: http://www.educa-cao.blogspot.pt/2012/08/educacao-portugal-tour-cursos.html

Se estiver interessado em receber a ficha de inscrição pode também contactar a Clínica Bichos & Caprichos através do mail bichoscaprichosvet@gmail.com se quiser frequentar o curso na cidade da Guarda.


terça-feira, 14 de agosto de 2012

COMPORTAMENTO CANINO - Porque falham as repreensões?


Muitas vezes repreender os cães não funciona e pode mesmo, agravar o problema. Para que uma repreensão seja eficaz, devem ser cumpridas três regras importantes.

  1. A repreensão deve acontecer sempre que o comportamento indesejável ocorrer.
  2. A repreensão deve ser implementada poucos segundos depois de ocorrer o comportamento indesejável.
  3. A repreensão deve ser suficientemente grave para que o cão não repita o comportamento indesejável, mas não deve ser grave ao ponto de assustar o animal.

Tal como se vê nos dois exemplos seguintes, é difícil que uma repreensão cumpra simultaneamente estes três critérios. É por isso que, frequentemente, as repreensões não resolvem os problemas e não devem ser o método de eleição no treino dos animais. O treino com reforço positivo, em que os animais são recompensados pelos comportamentos adequados, é mais seguro e mais eficaz. As repreensões ensinam ao animal o que se pretende que ele não faça, mas não lhe conseguem ensinar o que se espera que ele faça.


Exemplo A
Problema comportamental: O cão salta para cima dos móveis.
Resposta do dono: Cada vez que o dono vê o cão saltar para cima dos móveis, grita-lhe e ameaça-o com um jornal enrolado. Quando o dono faz isto, o cão afasta-se dos móveis.
Resultado: O cão continua a saltar para cima dos móveis, embora seja menos provável que o faça na presença do dono. Dado que o cão continua a saltar para cima dos móveis quando o dono não está presente, acaba por ser parcialmente recompensado por um comportamento indesejável e a primeira das regras referidas anteriormente não é cumprida. Assim o castigo não resolve o problema. Se o dono ficar frustrado com o cão é provável que aumente a gravidade da repreensão e, dependendo do temperamento do animal, este pode responder manifestando medo do dono e evitando-o. Alguns cães podem mesmo começar a rosnar e afastar-se quando o dono se aproxima.
Sugestão: É mais provável que se tenha sucesso bloqueando o acesso do cão aos móveis (p. ex. fechar o cão numa jaula ou noutra divisão da casa). Alternativamente, o dono pode tornar os móveis menos atractivos, por exemplo, cobrindo-os com um plástico. O animal também deve ter ao seu dispor uma cama confortável, colocada próximo dos móveis e deve ser recompensado sempre que se deitar na sua cama.

Exemplo  B
Problema comportamental: O cão saúda as pessoas, saltando para cima delas.
Resposta do dono: Sempre que o cão salta para cima dos donos, tenta impedi-lo com um joelho no peito ou dá-lhe um pontapé.
Resultado: O cão evita o marido (pessoa de maior porte em casa e que o magoou, razão pela qual tem medo dele), mas continua a saltar para cima das outras pessoas. Muitos cães estão altamente motivados para saudar as pessoas aproximando-se das suas faces. Na maioria dos casos, empurrar o cão ou pontapeá-lo é um acto menos poderoso do que o desejo do cão saltar para cima de alguém. Por outro lado, uma vez que nem todas as pessoas empurrarão ou pontapearão o cão, a repreensão não cumpre a primeira regra. A terceira regra também não é cumprida porque o cão nem sempre se apercebe que o facto e o empurrarem é uma repreensão e, na realidade, voltará a saltar porque está a atrair a atenção.
Sugestão: Em vez de repreender o cão por saltar, os donos devem usar o reforço positivo para ensinar o cão a sentar-se para saudar todas as pessoas. O sentar é um comportamento alternativo que pode ser recompensado com uma guloseima.

Modificação adequada do comportamento
Estes exemplos sublinham o facto de que os três critérios indicados inicialmente não são cumpridos, os problemas comportamentais podem piorar e a ligação entre o animal e o seu dono pode perder-se, sem hipótese de ser recuperada. Quando as repreensões são usadas incorrectamente, parecerão confusas e não previsíveis, pelo que muitos animais se tornar-se-ão ansiosos e medrosos quando a pessoa que as pratica está por perto. Quando as repreensões são usadas numa tentativa para treinar um animal que já tem medo ou ansiedade, estas agravam-se e podem conduzir à agressividade.
Se o seu cão tem comportamentos indesejáveis, deve consultar o veterinário, que o ajudará a desenvolver um método de alteração do comportamento centrado em reforço positivo, ou que o referenciará para alguém com experiência no desenvolvimento destes programas de alteração de comportamental.

Fonte: Revista Veterinary Medicine

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Os cães são permitidos na praia?


Nesta época em que muitas pessoas vão de férias coloca-se a questão se podem ou não levar consigo o animal de estimação. No caso de ir para a praia existem restrições que os donos necessitam de ter em conta no momento da escolha do local de férias.

Para começar a legislação divide as praias em diferentes grupos:
- Praias concessionadas em que existe uma entidade responsável pela praia e pelas condições que esta apresenta aos seus utilixadores durante toda a época balnear. Neste caso o concessionário tem de corresponder a determinada legislação (obrigatoriedade de existência de balneários, vigilância, restauração, etc) e é fiscalizado pela Polícia Marítima, autoridade encarregue de todas as praias deste tipo. Caso a praia seja concessionada mas fluvial ou lacustre (lago) os responsáveis são a câmara municipal e o órgão fiscalizador a Polícia Municipal.

- Praias não concessionadas ou praias selvagens em que não há nenhum concessionário responsável durante a época balnear e a responsabilidade é da câmara municipal correspondente sendo o órgão de fiscalização a Polícia Municipal.

Feita esta distinção a lei diz que:
- Os cães não podem, sob circunstância alguma frequentar as praias concessionadas durante a época balnear, sejam elas marítimas, fluviais ou lacustres, com excepção dos abrangidos pelo Decreto-Lei nº 74/2007 do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, (DR nº 61, 1ª série) que consagra o direito de acesso das pessoas com deficiência acompanhadas de Cães de Assistência a locais, transportes e estabelecimentos de acesso público.

- Os cães podem frequentar qualquer praia não concessionada, seja ela marítima fluvial ou lacustre, durante todo o ano, desde que não haja sinalização com indicações em contrário providenciada pela respectiva câmara municipal.

Se estiver numa praia concessionada com o seu cão durante a época balnear qualquer força policial poderá dirigir-se a si e aconselhá-lo a sair ou autuá-lo. Se se encontrar em transgressão permanecendo com o seu cão numa praia marítima concessionada a responsabilidade da multa é da Polícia Marítima. Por outro lado, para que o cão seja removido da praia será necessário recorrer à Polícia Municipal acompanhada do Médico Veterinário Municipal. Poderá haver também intervenção das Equipas de Fiscalização do SEPNA (Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da Guarda Nacional Republicana) que actua normalmente caso haja uma denúncia da infracção. Além destes serviços existem ainda as autoridades locais que, embora não sejam responsáveis pelas praias especificamente, são-no pela manutenção da ordem pública e poderão também intervir no caso de uma transgressão deste tipo autuando o infractor ou chamando a sua atenção.
Conforme a zona costeira o valor da multas pode ser diferente. Por exemplo na zona que abrange as praias de Cascais até Peniche pode variar entre os 55 e os 550 euros.

Geralmente a época balnear decorre entre 1 de Junho e 30 de Setembro de cada ano mas pode variar conforme a praia pelo que, se quiser informar-se, deverá contactar a autarquia local.

Adaptado de www.animalia.pt

terça-feira, 19 de junho de 2012

Hipotiroidismo canino


O hipotiroidismo é uma doença em que há deficiência de produção de hormonas da glândula tiróide. Esta glândula localiza-se na zona do pescoço, em volta da traqueia e divide-se em 2 metades.
A tiróide produz 2 hormonas (T3 e T4). As hormonas produzidas pela tiróide regulam o metabolismo do organismo, se houver produção em excesso o metabolismo aumenta, se a produção estiver diminuída o metabolismo torna-se demasiado baixo.
O hipotiroidismo ocorre com maior frequência em cães de meia idade ou idosos e as raças mais predispostas são o pinscher, o golden retriever, o setter irlandês, o dogue alemão e o boxer.
A deficiência de produção de hormonas da tiróide pode ter várias causas (destruição imuno-mediada da tiróide, atrofia natural da glândula, dieta deficiente em iodo ou alterações congénitas da tiróide).

Os sinais mais frequentes desta doença são:
- Falhas de pêlo na cauda, corpo e pescoço
- Pêlo seco e quebradiço sendo muitas vezes visível apenas uma camada de pêlo muito fino e curto.
- Hiperpigmentação da pele (pele escura)
- Aumento da sensibilidade para infecções da pele e excesso de gordura na pele que leva a alteração do cheiro
- Obesidade sem aumento do apetite
- Diminuição da actividade física e fraqueza generalizada
- Intolerância ao frio
- Anemia
- Alterações neurológicas como coxear, arrastar as patas, inclinar a cabeça de lado ou perdas de equilíbrio
- Ausência de cio e infertilidade
- Depósitos de gordura no olho ou diminuição da produção da lágrima

O diagnóstico do hipotiroidismo é baseado nos sinais clínicos apresentados pelo animal e por análises sanguíneas que nos permitem verificar a existência de baixos níveis de hormonas da tiróide em circulação. Existem outras doenças que devem ser descartadas uma vez que podem levar a falsas diminuições dos níveis de hormonas da tiróide.
Para tratar o animal é necessário medicá-lo com substitutos das hormonas da tiróide para o resto da vida uma vez que não há cura definitiva. Um mês após início do tratamento deve realizar-se nova análise para medicação das hormonas da tiróide e depois anualmente para verificar se é necessário fazer ajustes na dosagem da medicação.
Em caso de haver excesso de dosagem da medicação podem surgir sinais de hipertiroidismo como hiperactividade, perda de peso ou aumentar o consumo de água diário.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Foxi - Cachorra procura dono

A Foxi é uma cachorra nascida a fevereiro de 2012. Muito meiga e brincalhona. Os pais são de porte pequeno. E está na Guarda.
Procura dono responsável.

Andreia: 966761197
Marisa: 964344387

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Investigador do Politécnico da Guarda desenvolve sistema de localização de pessoas ou animais

Um investigador do Instituto Politécnico da Guarda desenvolveu um sistema de localização de baixo custo a pensar em pessoas com doença de Alzheimer mas que também pode ser usado em animais ou objectos. Este sistema dá pelo nome de magic key e a notícia sobre ele pode ser vista aqui.

sábado, 21 de abril de 2012

Corpo estranho

A ingestão de corpos estranhos é relativamente frequente em todas as espécies animais de todas as idades mas é particularmente observada em cães e gatos jovens.

Como cerca de 80% dos corpos estranhos conseguem ser eliminados naturalmente os proprietários podem não se aperceber da sua ingestão e nestes casos não é necessário tratamento.

Os cães jovens podem ingerir uma grande variedade de corpos estranhos desde ossos, brinquedos, bolas, peças de roupa, pedras, fios ou anzóis entre outros. Nos gatos é mais frequente a ingestão de fios/fitas, agulhas, anzóis, ossos ou outros pequenos objectos com que brinquem.

Os sintomas variam muito de acordo com a localização do corpo estranho, se há ou não obstrução da passagem através do tracto digestivo e se o corpo estranho é ou não perfurante. O que se observa com mais frequência são vómitos persistentes, salivação excessiva, engasgos, falta de apetite, depressão e dor abdominal.

Dependendo da localização e tamanho do objecto ingerido pode ser possível senti-los por palpação ou não. Nos casos de corpos estranhos lineares (fios/fitas) nos gatos, geralmente uma das pontas fica presa debaixo da língua do animal e é visível ao examinar a boca. Caso o corpo estranho esteja no esófago, estômago ou intestino poderá ser necessárias radiografias simples ou com contraste, ecografia e até endoscopia para o identificar.

Em alguns casos, os corpos estranhos alojados no esófago ou estômago podem ser retirados por endoscopia, em situações em que se alojam a nível intestinal, que causam obstrução ou que são perfurantes será necessária uma cirurgia para os retirar.

Caso o corpo estranho não seja retirado o animal corre risco de vida quer por falta de alimentação quer por complicações como a peritonite (infecção abdominal generalizada) em caso de perfuração intestinal.

Para prevenir que o animal engula algum tipo de corpo estranho deve evitar deixar ao seu alcance brinquedos demasiado pequenos, roupa, objectos que sejam facilmente roídos e engolidos e evitar ao máximo alimentá-los com ossos.

Se suspeitar que o seu animal engoliu algum objecto estranho ou um osso contacte imediatamente o seu médico veterinário.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Acne Felino

O acne felino é uma patologia da pele que afecta as glândulas sebáceas da zona do queixo e lábios. Nesta zona existe uma grande quantidade destas glândulas que produzem sebo que mantém a elasticidade da pele, impermeabiliza os pêlos e serve para marcação de território quando os gatos se esfregam em objectos ou pessoas.
O acne felino é causado por uma alteração da queratinização que leva a uma secreção excessiva das glândulas sebáceas. Manifesta-se em vários graus podendo passar despercebido nas formas mais ligeiras e ocorre independentemente da raça, idade ou sexo do gato. Não é transmissível às pessoas.
O sintomas que se observam inicialmente são aparecimento de “pontos negros” (comedões) na zona do queixo e lábios devido à obstrução dos folículos pilosos por sebo. Os folículos obstruídos podem sofrer infecções bacterianas secundárias que provocam foliculites com aparecimento de pápulas e pústulas (borbulhas) com pus ou piodermatite (infecção generalizada da pele). Nestes casos mais graves pode haver comichão e tumefacção do queixo devido à inflamação e reacção ao nível dos gânglios do pescoço.
Nos gatos persas o sebo de cor negra pode aparecer também na face e em volta dos olhos sendo por isso chamada de dermatite facial idiopática felina.
Esta doença pode estar associadas a infecções cutâneas por fungos ou à sarna causada pelo ácaro Demodex sp. por isso pode haver necessidade de fazer testes para as despistar.
Nos casos mais ligeiros não é necessário tratamento, já nos casos mais graves o tratamento varia consoante a situação passando por desinfecção local ou medicação oral em caso de infecção secundária ou inflamação e tratamento local para evitar a acumulação excessiva de sebo nos folículos. A suplementação com ácidos gordos essenciais também ajuda a regeneração da pele e aumenta as defesas contra infecções. Nos gatos de pêlo longo é necessário tosquiar a zona para facilitar a limpeza e aplicação de tratamentos locais.
Para prevenir o reaparecimento do acne deve ser feita limpeza diária da pele da zona principalmente após as refeições e o se o comedouro for de plástico deverá ser substituído por um de metal ou cerâmica.

terça-feira, 20 de março de 2012

10 mitos sobre o comportamento dos cães (10º)

Mito 10
É necessário repreender para ensinar os cães o comportamento adequado.
A repreensão nunca deve ser usada como primeiro e único método para lidar com um comportamento indesejável. Na realidade, a repreensão pode causar mais problemas do que resolvê-los, especialmente quando é aplicada ou usada incorrectamente num cão com problemas relacionados com medo ou ansiedade. É muito difícil, para a maioria das pessoas, usar a repreensão adequadamente pois esta só é eficaz quando é aplicada um ou dois segundos depois do comportamento indesejável e sempre que esse comportamento é realizado. A utilização de repreensão de outra forma pode prejudicar gravemente a relação com o seu animal e agravar muitos problemas de comportamento.

Facto: É muito mais simples e eficaz ensinar o seu cão quais são os comportamentos que pretende que ele realize e recompensá-lo por esses comportamentos, em vez de o punir por comportamentos indesejáveis.

In: revista Veterinary Medicine Janeiro/Fevereiro 2012, Valerie V. Tynes, DVM, DACVB, Premier Veterinary Behavior Counseling, P.O. Box 1413, Sweetwater, TX79556

10 mitos sobre o comportamento dos cães (9º)

Mito 9
Oh, ele tem esse problema de comportamento? Entregue-o a um treinador.
O comportamento de todos os animais resulta de interacções complexas entre as suas características genéticas, desenvolvimento precoce e ambiente. Por esta razão, os problemas de comportamento podem variar muito relativamente às suas causas subjacentes e devem ser tratados por um profissional habilitado para o fazer. Se o sue cão apenas tiver necessidade de ser treinado para se sentar, deitar ou levantar então um treinador é a melhor pessoa para consultar. No entanto, se o seu cão tem medo de outros animais, se estranha as pessoas, os ruídos ou outros estímulos benignos, se é agressivo em várias circunstâncias ou se é destrutivo quando é deixado sozinho, então deve consultar um médico veterinário em primeiro ligar. Só os veterinários têm formação para eliminar a possibilidade de causas médicas para esses problemas e para reconhecer quando é que um problema requer referenciação para um especialista.

Facto: Qualquer pessoa se pode intitular treinador ou especialista. Isto não significa que seja a pessoa adequada para o ajudar com o problema comportamental do seu animal. É importante estar sensibilizado para a variedade de profissionais disponíveis para o ajudar com problemas comportamentais dos animais de companhia e para escolher a pessoa correcta para o problema em causa.

In: revista Veterinary Medicine Janeiro/Fevereiro 2012, Valerie V. Tynes, DVM, DACVB, Premier Veterinary Behavior Counseling, P.O. Box 1413, Sweetwater, TX79556

10 mitos sobre o comportamento dos cães (8º)

Mito 8
Os cães tentam agarrar a cauda ou andam em círculos porque estão aborrecidos.
Os comportamentos repetitivos, como bater com as patas no chão, perseguir a cauda, andar em círculos ou lamber as patas têm diversas causas. Inferir que os animais estão aborrecidos é simplificar um problema complicado. Estes comportamentos podem ser causados por frustração ou conflito. Muitas vezes podem ser secundários a alguns problemas médicos que provocam comichão, dor ou desconforto em qualquer parte do corpo. Por vezes são causados por convulsões e noutros casos resultam de outras formas de disfunção cerebral.

Facto: Os comportamentos repetitivos são problemas complexos que requerem avaliação, diagnóstico e tratamento por um médico veterinário.

In: revista Veterinary Medicine Janeiro/Fevereiro 2012, Valerie V. Tynes, DVM, DACVB, Premier Veterinary Behavior Counseling, P.O. Box 1413, Sweetwater, TX79556

10 mitos sobre o comportamento dos cães (7º)

Mito 7
Quando se usam guloseimas para treinar um cão, é necessário usá-las sempre para que ele obedeça às suas ordens
Os princípios que governam as regras de aprendizagem mostram que isto está completamente errado. As guloseimas são uma forma excelente de reforçar um comportamento. Um reforço claro e consistente é necessário quando se começa a ensinar a um animal um novo comportamento. Para alguns animais, um el
ogio, um brinquedo ou uma carícia podem constituir um bom reforço mas para a maioria dos animais os alimentos são o melhor reforço. As regas de aprendizagem mostram que quando se ensina um novo comportamento, o reforço de cada vez que o comportamento é realizado permite uma aprendizagem mais rápida. Depois de o comportamento estar aprendido, o reforço intermitente é a melhor forma de manter o comportamento e de fazer com que não seja extinto. Isto significa que depois de um comportamento estar aprendido só devem ser usadas guloseimas periodicamente. As pessoas que julgam que um animal não responde porque sabe que não vai ter direito a uma guloseima normalmente não usam o reforço de forma adequada ou pensam que o animal na realidade não aprendeu o comportamento. É comum que os donos dos animais pensem que estes aprenderam um comando muito antes de isso acontecer realmente.

Facto: Quando usado correctamente, o treino com reforço positivo com recompensas alimentares é mais eficaz e tem menos probabilidades de causar problemas que outras formas de treino.

In: revista Veterinary Medicine Janeiro/Fevereiro 2012, Valerie V. Tynes, DVM, DACVB, Premier Veterinary Behavior Counseling, P.O. Box 1413, Sweetwater, TX79556



10 mitos sobre o comportamento dos cães (6º)

Mito 6
Ele deve estar zangado comigo. Ele sabe que o que fez está errado.
Muitos cães manifestam comportamento de submissão quando os seus donos chegam a casa. Estes comportamentos de enrolar a causa sob o corpo, baixar as orelhas e afastar-se não significam "peço desculpa" em linguagem canina. Significam sim "deixa de te zangar comigo". Significam que o cão aprendeu a associar o regresso das pessoas a casa com a presença de fezes, lixo ou objectos destruídos espalhados pelo chão. O cão não está zangado, tem medo devido a situações passadas quando as pessoas chegavam a casa, estava tudo espalhado pelo chão e lhe batiam ou se zangavam. Mesmo quando não se tenha gritado ou batido no cão, a linguagem corporal humana é clara e o cão aprende a ter medo quando alguém chega a casa. Nestas circunstâncias, a repreensão não ensina nada ao cão (excepto a ter medo da chegada das pessoas a casa). O cão é completamente incapaz de associar qualquer repreensão com o comportamento que teve minutos ou horas antes.

Facto: Os cães não sujam o chão ou destroem objectos por despeito. A causa mais provável deste comportamento é ansiedade ou falta de formação e estimulação adequada (ou treino incompleto). Em vez de se zangar com o seu cão, procure ajuda de um profissional pois o animal pode estar em sofrimento.

In: revista Veterinary Medicine Janeiro/Fevereiro 2012, Valerie V. Tynes, DVM, DACVB, Premier Veterinary Behavior Counseling, P.O. Box 1413, Sweetwater, TX79556