segunda-feira, 1 de março de 2010

Como cão e gato – De eternos inimigos a amigos inseparáveis


A boa ou má relação de um cão com um gato depende do processo de apresentação que esteve na origem desta relação. De eternos inimigos (como a maioria os supõe) a grandes amigos vai algum trabalho e paciência na introdução de uma espécie à outra.
Para o sucesso desta socialização existem grandes diferenças entre as duas espécies que têm de ser ultrapassadas. A linguagem corporal é muito diferente o que pode levar a erros na comunicação dos dois animais. Os cães são animais gregários que vivem em grupos e os gatos não e alguns cães encaram os gatos como presas. Além disso deve ser tido em conta o temperamento dos animais, as diferenças de idades e de tamanho. Por exemplo animais ciumentos irão reagir pior à entrada de um novo elemento em casa; animais mais velhos podem ser mais pacientes com os mais jovens ou pelo contrário ser intolerantes e atacá-los quando tentam brincar.
Para que tudo corra bem é necessário ter paciência e saber apresentar os animais de modo a minimizar o stress e os riscos de um ataque entre cão e gato que pode causar ferimentos sérios e traumas irresolúveis.
Se ambos os animais forem jovens o trabalho está facilitado pois estão na fase ideal de socialização. Nesse caso deve deixar que eles se cheirem, que brinquem e partilhem a cama vigiando-os sempre de perto para avaliar as reacções em cada situação. Quando um ou ambos os animais são adultos pode demorar mais tempo até que o animal que já vivia em casa se habitue à presença do outro.
Se o cão for o mais antigo em casa deve treinar bem as regras de obediência como “senta”, “fica” e “deita” previamente para ser mais fácil controlá-lo na presença do gato. Se for o gato o animal da casa deve ser habituado antecipadamente a ficar numa só divisão que será o local onde ele poderá descansar e alimentar-se sem o cão presente.
Quando juntarmos o cão e o gato na mesma casa, o gato deve ter a oportunidade de explorar a casa sem a presença do cão, deixando para isso o cão preso.
Os passos a dar na apresentação dos animais devem ser:
- Permitir que cheirem objectos um do outro para que se apercebam que existe outro animal em casa
- Iniciar o contacto entre os dois animais tendo o cão preso à trela e o gato dentro de uma caixa afastados alguns metros para que não tentem atacar-se e ir distraindo ambos com guloseimas e brinquedos. Ir aproximando os animais um do outro aos poucos.
- Quando o cão deixar de ter interesse no gato e o gato estiver à vontade na presença do cão, permitir que o gato ande à solta mantendo o cão na trela. Deve ter um borrifo de água à mão para afastar o gato caso este tente atacar o cão.
- A partir do momento em que nenhum dos animais tentar atacar o outro pode deixar ambos à solta. Deve ter em atenção que qualquer tentativa por parte do cão de perseguir o gato ou obstruir-lhe a passagem deve ser evitada e repreendida e que o gato deve ter sempre um local onde se possa isolar do cão caso queira.
Apesar de este processo de integração nem sempre ser simples pode ser a chave para um longa e feliz convivência entre os animais lá de casa.
Tiramos assim uma lição: é possível viver em harmonia apesar de todas as diferenças!

Um comentário:

  1. é a melhor e mais bonita harmonia de animais que moram na zona urbana

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