quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Lipidose Hepática

A lipidose hepática, também conhecida como fígado gordo, é uma doença que ocorre nos gatos e que consiste na acumulação de gordura nas células do fígado devido a alterações no metabolismo da energia. Estas alterações acontecem quando, por algum motivo o animal fica sem comer durante vários dias e o seu organismo começa a usar a gordura corporal como fonte de energia. A gordura vai ser mobilizada para o fígado em grande quantidade e como não é possível metabolizá-la normalmente vai-se acumular nas células do fígado impedindo-as de realizar as funções normais.

Esta doença surge com mais frequência em gatos com excesso de peso, de interior e com mais de dois anos de idade. Pode ser secundária a outras doenças que causem anorexia (perda de apetite) como:
- Diabetes
- Pancreatite
- Insuficiência renal
- Doenças neurológicas
- Tumores
- Peritonite infecciosa felina
Em alguns casos o motivo da anorexia pode ser apenas uma situação de stress para o animal como uma mudança de ambiente, um novo animal em casa, a ausência do dono por mais tempo que o habitual, etc.
Os sintomas a que deve estar atento são:
- Anorexia (principalmente se durar mais que um dia)
- Perda de peso
- Vómitos
- Apatia
- Icterícia (mucosas das gengivas e olhos amarelas)
Em casos mais graves pode haver sinais neurológicos como salivação, convulsões, coma e até a morte.

O diagnóstico deve ser feito o mais cedo possível para que se possa iniciar imediatamente o tratamento que varia conforme a sua gravidade e a existência ou não de outras doenças. Em muitos casos é necessária hospitalização e uma alimentação rica em proteínas e com as calorias adequadas. Em casos em que o animal se recuse a comer, mesmo com estimulantes do apetite, é necessário colocar uma sonda de alimentação (esofágica ou nasal) para administrar comida ao animal até que ele recomece a mostrar interesse pela comida.
Para prevenir a lipidose hepática deve:
- Manter o gato com um peso adequado
- Não deve fazer mudanças bruscas no seu ambiente e hábitos
- Quando mudar a ração deve fazê-lo ao longo de uma semana e não de forma brusca
- Se tem um gato com mais de 8 anos de idade deve fazer um check up anual, incluindo análises.
Caso o seu gato apresente alterações de apetite ou de peso deve levá-lo ao veterinário o mais rapidamente possível pois o sucesso do tratamento depende muito do diagnóstico precoce.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Boa passagem e um óptimo 2010

Se nós podíamos passar para o novo ano sem desejar um Bom Ano aos nossos amigos?
Podíamos! Mas não era a mesma coisa.
Boa passagem e um óptimo 2010!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Obesidade – Um gordo problema

A obesidade é uma doença cada vez mais frequente nos animais de companhia. Resulta de ser dada ao animal uma alimentação com excesso de energia relativamente à que ele gasta na sua actividade diária. Assim, todas as calorias que não são gastas serão armazenadas sob a forma de gordura.
Um animal é considerado obeso quando o seu peso excede em 15% ou mais o peso ideal (um cão cujo peso ideal é de 10 kg é considerado obeso a partir dos 11,50 kg). Para além do peso existem alguns sinais de que o animal está com excesso de peso aos quais deve estar atento:
- As costelas não estarem palpáveis
- Deixar de se conseguir sentir as vértebras
- Observar que há acumulação de gordura na zona da barriga, principalmente nos gatos.


Existem raças mais predispostas a obesidade como os Labradores e os Basset Hound com as quais os cuidados nutricionais devem ser redobrados. A idade é um factor que predispõe para a obesidade pois o animal diminui a actividade física, logo necessita de uma alimentação menos calórica. Em alguns casos a esterilização/castração também pode aumentar tendência para o aumento de peso.
A obesidade acarreta riscos graves para a saúde como:
- Tendência para ter diabetes
- Problemas articulares (artrite, artrose, rupturas de ligamentos)
- Diminuição da actividade física e da tolerância ao calor
- Dificuldade respiratória e problemas cardíacos
- Problemas hepáticos (principalmente nos gatos)
- Aumento do risco cirúrgico


No caso da obesidade, prevenir é muito mais fácil que remediar. O dono deve ter em atenção:
- Dar apenas a dose diária recomendada pelo fabricante da ração para o peso do animal em 2 refeições no caso dos cães ou deixá-la à disposição no caso dos gatos.
- Dar o tipo de ração apropriada à faixa etária e condição do animal. Não dar ração junior a animais adultos. Dar ração ligth em caso de tendência para a obesidade.
- Se o animal tiver

comportamentos de pedinchar na altura das refeições poderá ser fechado noutra divisão enquanto a família come e assim evitar os deslizes de alguns elementos da família.
- Providenciar prática diária de exercício físico: nos cães pode ser através de um passeio diário longo ou de natação; nos gatos deve-se tentar perceber quais as brincadeiras favoritas e incentiva-las.
- Não dar restos das refeições nem alimentos com açúcar: as sobras normalmente contêm maior quantidade de gordura que deve ser evitada. Quando o animal comer alimentos extras (comida caseira, biscoitos, etc) deve ser reduzida a sua dose diária de ração para que a quantidade de calorias ingerida por dia seja adequada
- Reduzir a quantidade de guloseimas (biscoitos, comida enlatada, etc) que devem ser usadas só para felicitar o animal quando realiza correctamente os exercícios de aprendizagem.

A obesidade não é um problema estético. A obesidade é um problema grave que acarreta consequências negativas na saúde do seu animal, deve ser evitada e controlada pelos donos. Gordo? Só queremos o Pai Natal… Se verificar que o seu animal tem tendência para aumentar de peso deve consultar o seu médico veterinário para que ele lhe indique qual a dieta mais indicada para o seu caso.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

NATAL


Do Natal espera-se que tudo seja perfeito. Os mais nobres sentimentos, a reunião harmoniosa da família e/ou amigos, uma festa cheia de iguarias, a troca de prendas desejadas… E tudo com um toque de beleza e brilho. Mas como em tudo, quanto maiores as expectativas maior a frustração quando não concretizadas.
O ideal seria o conhecido “tou nem aí”. Aproveitar as coisas boas e aturar desportivamente as inevitáveis coisas menos boas. Como tentamos fazer o resto do ano. O Natal não tem que ser perfeito, mas podemos tentar que seja o melhor possível.

Neste Natal lembre-se:
- Não dê um animal de companhia a menos que saiba que existem todas as condições para o ter. Os animais de companhia não são objectos descartáveis, brinquedos. São seres vivos que dão trabalho e exigem dedicação e despesas. Não corra o risco de contribuir para mais um animal abandonado.
- Não dê ossos e chocolates, etc (
ver alimentos tóxicos) ao seu amigo de 4 patas. Ele pode adorar comê-los mas o mal que lhe fazem pode ser fatal. O melhor presente para o seu animal será uns minutos de brincadeira.
- Se vai para fora pense com antecedência o que vai fazer ao seu animal: deixá-lo aos cuidados de amigos/familiares, leva-lo consigo, deixa-lo num hotel para animais, pagar a alguém que cuide dele.
- Dedique algum do seu tempo a pensar nos menos favorecidos: contribuía para uma instituição de apoio a animais abandonados, passe num canil e ofereça uns miminhos.

E porque a perfeição e a felicidade total não existem, desejamos-lhe a si e aos seus um Natal imperfeito mas bom.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Educação na hora das refeições

A educação dos animais de companhia é muito importante para que a sua relação com todas as pessoas que moram com eles seja bem sucedida. Apesar de as cadelas/ gatas ensinarem os seus filhotes a comer e lhes imporem algumas regras, cabe aos donos continuar e aperfeiçoar a educação iniciada pelas mães.
Para começar devemos ter em conta que os comportamentos alimentares dos cães e dos gatos são muito diferentes. Os cães adultos devem comer a sua dose diária de alimento numa ou duas refeições por dia enquanto que os gatos devem ter a dose diária de comida à disposição pois podem fazer cerca de 15 pequenas refeições por dia.
Mesmo entre gatos existem diferenças pois os de exterior tendem a alimentar-se menos pois distraem-se na caça de pequenas presas. No caso dos gatos de interior é benéfico dar-lhes brinquedos e actividades para os distrair, diminuir a quantidade de alimento ingerido e incentivá-lo a praticar exercício físico prevenindo a obesidade.
Como os alimentos são necessários para a sua sobrevivência, alguns animais podem demonstrar um comportamento agressivo perante a comida, principalmente se houver falta de alimento. Estas situações são mais frequentes em cães e a agressividade (rosnar, ladrar, morder) pode ser dirigida tanto às pessoas como a outros animais e pode acontecer com a ração ou apenas com os seus petiscos favoritos. Estas situações podem acontecer desde cachorro por isso devem ser tomadas medidas para as prevenir logo cedo:
- Alimentar o cão em 2 ou 3 refeições por dia e não deixar comida à disposição- Caso haja mais do que um cão em casa a refeição deve ser dada em 1º lugar ao animal dominante da matilha.
- Em cães que tenham mostrado agressividade com petiscos apenas lhe podem ser dados os que forem consumidos rapidamente (não dar ossos de roer por ex.).
Além disso o cão deve ser habituado desde muito jovem a deixar o dono retirar e colocar o prato da comida, quer esteja cheio ou vazio, para que ele perceba que o dono não é uma ameaça e que não o vai impedir de se alimentar.
Outra situação que deve ser evitada, tanto em cães como em gatos é o hábito de pedinchar comida pois além de se tornar aborrecida para os donos predispõe à obesidade do animal. Para impedir ou acabar com este comportamento:
- Não pode ser dada nunca qualquer recompensa ou atenção quando o animal implora comida
- No caso dos cães devem ser sempre mantidos os horários das refeições a que estão habituados- Pode ser dado um petisco de longa duração (brinquedo dispensador de comida por ex.) para manter o animal ocupado enquanto o dono cozinha ou come
- O animal pode ser incentivado a fazer exercício antes da hora da refeição do dono pois se estiver cansado diminui a probabilidade de pedinchar
- O cão/gato pode ser fechado numa divisão diferente enquanto o dono come
Não se deve ralhar ou bater pois o animal pode entender que lhe estão a dar atenção e piorar o seu comportamento.



As alterações de comportamento relacionadas com a comida como a agressividade ou o pedinchar podem estar ligadas a doenças ou medicamentos que façam aumentar a fome. Se o seu animal manifestar alguma destas alterações é aconselhável contactar o seu médico veterinário.

Carta ao Pai Natal dos Gatos


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Alimentos tóxicos para cães e gatos

Ao contrário do que muitas pessoas pensam não são só os químicos e detergentes que temos em casa que são venenosos para os animais de estimação. Existem mais perigos espalhados pela casa, disfarçados de alimentos que comemos no dia-a-dia e que os cães e gatos muitas vezes gostam, mas que podem ser mortais.

Chocolate ou alimentos contendo cacau: quanto mais rico em cacau mais tóxico é para os cães e gatos pois mais teobromina tem. Causa intoxicações graves podendo ser causa de diarreias, vómitos, alterações cardíacas, convulsões e até causar a morte, dependendo da dose ingerida.


Café e chá: as substâncias tóxicas nestes casos são a cafeína e a teofilina, respectivamente. Causam sintomas semelhantes aos da intoxicação por chocolate mas a dose necessária para causar sintomas num cão ou gato é muito menor.

Uvas e uvas passas: apesar de não se saber qual o componente tóxico, uma pequena quantidade é suficiente para causar intoxicação que se manifesta por vómitos, diarreia, insuficiência renal e podem também causar a morte.

Cebola e alho: ambos têm um sulfoxido, um componente que causa destruição dos glóbulos vermelhos. Pode provocar fraqueza, anemia, respiração ofegante e sangue na urina.

Bebidas alcoólicas: a maioria dos animais manifesta depressão ou excitabilidade, alterações cardíacas e/ou respiratórias quando as ingerem, devido ao etanol que contêm. Não é necessária uma grande quantidade para causar sintomas e em casos graves pode provocar a morte.

Ossos e espinhas: ao mastigá-los ficam com pontas afiadas que ao ser engolidas podem ficar alojadas na garganta ou causar ruptura do estômago ou intestinos. Quando isto não acontece tornam as fezes muito secas e duras levando muitas vezes à paragem do trânsito intestinal.

Alimentos estragados: devem ser mantidos longe do alcance dos cães e gatos pois podem conter fungos e bactérias causadores de infecções graves.

Estes são os principais alimentos perigosos para os cães e gatos por isso deve evitar dar-lhos e em caso de eles os ingerirem deve consultar o seu médico veterinário.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Dezembro - O mês da Alimentação

A correcta alimentação dos animais é muito importante para que se mantenham saudáveis. Deve ser escolhida uma alimentação equilibrada e adequada a cada fase da vida do animal, sendo para isso necessário conhecer os hábitos e as necessidades de cada espécie e para cada fase.

Apesar de tanto o cão como o gato pertencerem à Ordem Carnivora, apenas os gatos são verdadeiramente carnívoros, os cães apesar de preferirem a carne, comem também outros alimentos. Os gatos têm uma necessidade muito grande de proteínas e pequena de hidratos de carbono sendo prejudicial uma alimentação com excesso de hidratos de carbono. Os cães precisam de grande quantidade de proteínas mas necessitam de maior quantidade de hidratos de carbono. Tendo em conta estas diferenças, cada espécie deve comer uma ração específica e não se deve dar ração de cão ao gato e vice-versa.

Para escolher o alimento mais adequado para cada animal deve ser tido em conta:

- A etapa da vida do animal (cachorro/gatinho, gestante, idoso, etc)

- O seu estilo de vida (se é activo ou gosta mais de dormir no sofá)

- Os componentes da ração e a sua digestibilidade (quanto melhores os componentes da ração e mais digerível for, menor será a quantidade diária ingerida e menor será o volume de fezes produzido)

- Palatibilidade (aceitação da ração pelo animal)

- Efeitos do alimento a longo prazo (peso adequado do animal, pêlo brilhante, massa muscular adequada)

A comida caseira nem sempre é uma escolha correcta pois é necessário conhecer muito bem as necessidades alimentares do animal, preparar alimentos especialmente para ele (não dar apenas as sobras) e mesmo assim é difícil fornecer um alimento completo e equilibrado. Actualmente há uma vasta gama de alimentos para animais que contêm todos os nutrientes essenciais sendo a forma mais eficiente e prática de lhes dar tudo o que ele precisa para um correcto crescimento e manutenção. Se escolher uma ração de boa qualidade e adequada ao seu animal evita a necessidade de dar suplementos (cálcio por. ex.) que podem tornar-se prejudiciais para a saúde.

Quando quiser dar uma guloseima aos seus animais de estimação deve também escolher biscoitos especialmente formulados para cães ou gatos e não dar-lhe doces ou comidas condimentadas que eles muitas vezes gostam mas que são prejudiciais para a sua saúde.

Existem alguns alimentos aparentemente inofensivos (chocolate, uvas, ossos, etc) que são verdadeiros venenos para alguns animais, falaremos deles durante este mês.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Cachorros cruzados de labrador procuram dono


São 3 meninos, o Gaspar, o Jonas e o Scott (beges), e 3 meninas, a Mena, a Jena e a Lena (pretas), tem cerca de 3 meses e procuram dono!
Estão perto da Guarda.


Contactar Andreia e Marisa (QOASMI), telefones: 966761197 e 964344387.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Cão Ideal (para alguns) - Parte II


Cão de papel - o cão ideal para apartamento... Não tolera chuva!
Não tem pêlo, por isso aconselhável para pessoas que têm alergias. Não ladra e não é necessário levar à rua. As cores do seu corpo alegram o dia dos donos.
Muito fiel.

Cão de peluche - Óptimo para pessoas carentes. Muito macio e fácil de abraçar. Ladra só a pedido, basta pressionar a barriga. Esta raça permite ao dono usufruir do melhor dos cães: acariciar um pêlo sempre macio que não é necessário escovar.


Cão de loiça - Uma raça de exterior. Adora sentir o vento no nariz. Tolera bem qualquer tipo de clima. Faz as alegrias para quem pretende um cão de guarda.
Não faz buracos no jardim, não suja os donos de terra quando chegam.
Na sua dureza pode ser um animal frágil e portanto convém ter muito cuidado com quedas.
Fácil de lavar. Não exigindo cuidados específicos com o pêlo.
O único inconveniente desta raça é não ladrar. Perdendo assim algumas das características pretendidas como cão de guarda. Pode sempre arranjar-se meios electrónicos para o fazer ladrar.
Não é necessário castrar porque é completamente infértil.
O estalão desta raça permite todos os tamanhos. Pode assim escolher o tamanho que seja do seu agrado pois não come mais ração por ser gigante!


terça-feira, 17 de novembro de 2009

O cão ideal

Escolher qual o cão que mais se adequa a uma pessoa e ao seu estilo de vida não é uma tarefa fácil, por isso quando se decide adquirir um cão deve-se ter em conta o seu carácter e não esquecer que estamos a ganhar uma amizade que pode durar mais de 15 anos. Há muitos factores que definem o sucesso na relação cão/dono, por isso devemos ter cuidado na altura de escolher o cão para que a maravilhosa experiência de ter um animal não nos deixe com os cabelos em pé e não tenha um triste desfecho.
Quando se pensa em ter um novo cão deve-se ter em conta o seu temperamento e porte, a adequação ao modo de vida e aos desejos do novo proprietário. Estas características são bem mais importantes para o sucesso desta nova relação do que a beleza exterior do animal.
Se uma pessoa quer um cão para a acompanhar nos seus passeios ou corridas não deve certamente escolher um cão com patas curtas pois este dificilmente conseguirá acompanhar o seu ritmo.
O porte não é o único factor a ter em conta. Por exemplo, uma pessoa que mora num apartamento e por isso decide arranjar um cão de porte pequeno ou médio, de pêlo curto. Se a pessoa escolher um cão de caça, como um Terrier ou um Beagle por exemplo, é muito provável que arranje problemas. Sendo cães de caça, foram desenvolvidos para correr, precisam de muito exercício e se ficarem dentro de um apartamento durante o dia inteiro irão acabar por arranjar outras actividades como roer os móveis ou ladrar incessantemente. Poderá tornar-se um cão infeliz com um dono infeliz.

Se uma pessoa escolher uma raça de pêlo comprido, deve contar com o que isso implica: escovagens frequentes, possíveis tosquias, pêlos por todo lado, etc...

Para escolher o cão mais adequado devemos avaliar:

Onde e como viverá o seu cão?
- Num apartamento ou numa moradia com quintal
- Se terá companhia todo o dia ou se ficará em casa sozinho
- Se poderá ou não entrar em casa
- Se terá um dono sempre disponível para longos passeios e brincadeiras
- Se o dono terá tempo para o treinar
- Se existem vizinhos que possam reclamar dos latidos

O temperamento do cão ?
- Um cão desportista ou mais sedentário
- Um cão de companhia ou principalmente de guarda
- Um cão dócil que conviva bem com crianças, com pessoas idosas e/ou com outros animais

Que características físicas deseja no cão?
- Tamanho mini, pequeno, médio ou grande.
- O tipo de pêlo: curto, médio, comprido, cerdoso, etc.
- Um cão para ir a exposições, criação ou simplesmente um cão de estimação

Tendo respondido a estas questões já é mais fácil pesquisar as raças de cães existentes, falar com veterinários, criadores, treinadores e outras pessoas que tenham cães do género que melhor se enquadra no que pretende vir a ter para verificar se é o ideal para si.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Gravidez e gatos - A toxoplasmose

Uma gravidez desejada é motivo de festejo, mas é uma altura particularmente sensível. Problemas na saúde da mulher grávida que possam afectar o desenvolvimento do feto tornam-se fonte de preocupação. Alguns destes receios estão relacionados com os animais de companhia. É o caso da toxoplasmose.

A toxoplasmose é uma parasitose dos felídeos (gato), causada pelo Toxoplasma gondii, afectando praticamente todos os animais homeotérmicos, em todo o mundo, inclusive o homem. O gato e outros felídeos são os hospedeiros definitivos. Eles são infectados por ingestão de carne de outros animais, principalmente dos ratos e pássaros. Os gatos infectados pela primeira vez começam a eliminar o parasita (oocistos) nas fezes entre três e dez dias após a ingestão de carne contaminada e continuam a eliminação por dez a 14 dias, produzindo vários milhões de oocistos. Após o estabelecimento da resposta imune, a reexcreção de oocistos é extremamente rara, podendo ocorrer novamente em situações de imunodepressão. Os outros animais são hospedeiros intermediários não eliminando o parasita nas fezes. Os animais herbívoros (ovinos, caprinos, bovinos, equídeos) são contaminados por ingestão de prados contaminados com fezes de gato. Os carnívoros com ingestão de carne infectada. O ser humano e os suínos (omnívoros) infectam-se por ingestão de carne infectada (mal cozinhada) e ingestão de verduras ou outros alimentos/bebidas contaminadas com fezes de felídeos com toxoplasmose e na fase de excreção.

No ser humano a infecção só pode trazer problemas em indivíduos imunodeprimidos e grávidas. No caso das grávidas o risco de problemas no desenvolvimento fetal ocorre quando o primeiro contacto com a doença ocorre na gravidez. Mulheres que têm títulos positivos à toxoplasmose antes da gravidez não correm risco.

A prevenção nos animais de companhia passa por cuidados com a alimentação destes animais, não permitindo o consumo de carne crua ou mal-cozida, providenciando alimentação suficiente e limitando as saídas de casa, evitando assim que eles cacem aves e roedores. Os gatos que vivem exclusivamente em apartamentos e comem comida comercial correm pouquíssimos riscos de serem infectados.

A toxoplasmose no homem deve ser prevenida pela não ingestão de carne mal cozinhada, pela lavagem das frutas e verduras, dos instrumentos e superfícies utilizadas na preparação dos mesmos e ainda na correcta lavagem das mãos antes de comer. Devem tomar-se precauções, removendo as fezes dos felinos diariamente, prevenindo a esporulação de possíveis oocistos, tarefa que não deve ser realizada por gestantes e pessoas com imunodepressão. Devem ser utilizadas luvas sempre que sejam manipuladas as fezes dos gatos, assim como nos procedimentos de jardinagem.

As pessoas que vivem com gatos, bem como os veterinários, não possuem um risco significativamente maior de adquirir a toxoplasmose do que a população em geral. O mesmo acontece com os imunodeprimidos e as grávidas, não havendo justificação para serem afastados dos seus animais.

Relembramos que:

- Um gato infectado só liberta, em geral, o parasita nas fezes durante 10 a 14 dias.

- Um gato que viva em apartamento, não cace aves e roedores e não se alimente de carne crua ou mal passada tem mínimas hipóteses de ficar infectado.

- A infecção pode ocorrer por comer salada e frutas mal lavadas, ou carne mal cozinhada, beber água contaminada ou por má higienização das mãos antes de comer.

Uma grávida que não se encontrava previamente imune à toxoplasmose deve tomar as precauções necessárias para evitar a contaminação, mas nunca desfazer-se do seu animal de companhia.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Socialização em animais jovens

O comportamento social faz parte da vida dos animais de companhia e tal como aprendem a obedecer a ordens, aprendem a socializar com outros animais e pessoas ao longo da sua vida. O animal deve ser habituado desde cedo a diferentes estímulos como: ir ao veterinário, interagir com pessoas e animais da mesma espécie e de espécies diferentes. Criar estes hábitos é uma essencial para evitar problemas de comportamento na sua vida futura (agressividade, fobias, etc).


A socialização com animais da mesma espécie começa desde logo com a mãe e os cachorros/gatinhos da ninhada que o ajudam a compreender o comportamento da sua espécie. A socialização deve começar entre os 1,5 e os 4 meses de idade, sendo esta a fase decisiva no caso dos cães pois estão mais receptivos a novas experiências. Depois os cães passam por um período em que têm medo de enfrentar novas pessoas e situações em que necessitam do apoio do dono para os ajudar a ultrapassar os seus receios.

Para os gatos deve ser iniciada entre os 10 dias os 2 meses pois nesta idade começam a perder o medo e a conhecer o ambiente. A socialização por vezes é dificultada porque nesta idade os cachorros/gatinhos ainda não completaram o seu plano de vacinação e não podem andar na rua e ter contacto com outros animais livremente. Contudo podem vir à rua ao colo, andar de carro, contactar com pessoas e com outros animais saudáveis, vacinados e desparasitados. De cada vez que o animal contacta com um novo ambiente, uma nova pessoa ou animal devemos tentar que a experiência seja positiva, qualquer experiência negativa neste período irá deixar marcas no comportamento do animal que queremos evitar.

Devemos certificar-nos que a pessoa ou animal com quem vai contactar irá reagir bem ao nosso cão/gato e dar recompensa se o animal se comportar bem (festas, biscoitos, etc). Ao socializar os animais com pessoas devemos tentar expô-los a diferentes tipos de pessoas, desde crianças a idosos, familiares ou desconhecidos e que usem todo o tipo de roupas e acessórios para que o animal se habitue às diferenças. O mesmo deve ser feito em relação a outros animais, tentando que o cachorro/gatinho contacte com diferentes animais da mesma espécie e de espécies diferentes da sua. Até aos 6 meses de idade os animais devem continuar a ser expostos a todo o tipo de estímulos (barulhos, ambientes diferentes, etc) de forma gradual para que possam ir perdendo o medo.

Se não conhecer outros animais com quais o seu cão/gato possa socializar deve inscreve-lo numa escola de treino onde ele possa ter contacto com outros animais.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Quando levar o seu animal ao veterinário

Consultas de rotina – muito importante!
Os animais devem ser levados pelo menos uma vez por ano, para uma consulta de rotina ao veterinário. Prevenir é melhor que remediar, um exame ao seu animal pode permitir detectar precocemente uma doença ou um problema. Nessa consulta de rotina pode pedir conselhos de alimentação, maneio, comportamento, etc… Deve efectuar regularmente a vacinação e desparasitação interna e externa do seu animal. Prevenindo doenças graves para eles e para nós humanos.

Dirija-se ao veterinário ao primeiro sintoma!
Os animais não manifestam a dor e a doença como os seres humanos. Isto deve-se também aos instintos selvagens dos cães: na Natureza e em matilha os animais que exibem dor e fraqueza são muitas vezes expulsos da matilha pelo que aprendem a mascarar a dor. Muitas vezes, só apresentam sintomas evidentes de estarem doentes quando a doença já está em estado muito avançado.
Muitas pessoas ignoram os primeiros sintomas de doença ou mal-estar e só se dirigem ao veterinário quando já é demasiado tarde. Além disso, nunca deverá medicar o seu animal por conta própria, pois estará a colocar a vida dele em sério risco. Muitos medicamentos inofensivos para nós humanos, podem ser fatais para eles. Procure assistência veterinária imediatamente após detectar algum sinal de doença.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Alterações dentárias

Os animais de companhia, tal como os humanos podem ter alterações dentárias muito variadas como má conformação da boca, permanência dos dentes de leite e alterações da estrutura dos dentes.

Permanência dos dentes de leite: até aos 8 meses todos os dentes de leite devem ter caído mas por vezes isso não acontece. Nestes casos os dentes definitivos nascem e os dentes de leite não caem, ficando os dois lado a lado. É um problema comum em cães de pequeno porte (Yorkshire terrier, Lhassa Apso, Shitzu e caniche) e raro em gatos. Geralmente sucede nos dentes incisivos e caninos, mas pode acontecer em todos os dentes. A persistência pode acarretar alterações na oclusão (dentes mal posicionados, desgaste dos dentes e traumas da gengiva) e aumento da deposição de tártaro por isso deve proceder-se à extracção dos dentes de leite sempre que se detecte esta alteração.


Prognatismo: ocorre quando a mandíbula do animal é mais comprida que a o maxilar fazendo com que os dentes superiores fiquem mais recuados que os inferiores. Num cão ou gato com uma conformação normal da boca a mandíbula deve ser mais pequena que o maxilar permitindo aos incisivos e caninos inferiores e superiores encaixar perfeitamente. Quando existem estas alterações que causam mau posicionamento dos dentes que podem levar a perfurações do céu-da-boca, dificuldade de mastigação, desgaste anormal de outros dentes e problemas na articulação da mandíbula. Há determinadas raças em que isto é uma característica comum mas este problema é hereditário por isso cães com esta característica não devem ser usados para reprodução.

Hipoplasia do esmalte: o esmalte é o revestimento externo do dente e é a substância mais dura existente no corpo. A hipoplasia do esmalte consiste na formação incompleta do esmalte do dente devida a lesões causadas durante o desenvolvimento. Acontece em animais jovens, enquanto os dentes estão em crescimento e permanece por toda a vida. Pode ser causada por infecções virais (esgana), medicamentos e por factores genéticos. Os sinais mais visíveis são sulcos horizontais nos dentes que têm cor amarelada ou acastanhada.

Anodontia: ausência de um ou mais dentes definitivos. Não é hereditária e é frequente em Collies, Setters e Dobermans.

Dentes supranumerários: existência de maior número de dentes do que o normal. Se causarem problemas (má oclusão) têm de ser removidos.

Dentes inclusos: dentes que permanecem dentro da gengiva. Podem ser detectados por radiografia e retirados se causarem problemas.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O gato das bruxas

Dificilmente alguém, ao imaginar a casa de uma bruxa, deixaria de ver, ao seu lado, a dormir preguiçosamente ou atento ao caldeirão, um gato.
As superstições acerca dos gatos nasceram desde cedo. Um dos primeiros povos a atribuir uma aura mística ao gato foram os egípcios que o idolatravam, tendo mesmo um Deus com a sua forma física, Bast. Em honra desta divindade, os egípcios mantinham gatos pretos em casa e davam-lhes honras reservadas a faraós, mumificando-os depois de mortos.
Mas foi na Idade Média que o gato viu a sua sorte mudar. Apesar de prestarem um importante serviço ao homem, caçando os ratos que eram considerados uma praga em todo o lado, a verdade é que havia uma legião de gatos vadios que faziam das cidades o seu território. A sobrepopulação terá sido o primeiro motivo pelo qual o gato deixou de cair em graça para passar a cair em desgraça.
O gato é um animal que caça durante a noite e era na Idade Média acolhido por pessoas solitárias. Os gatos vadios eram os animais de estimação de mendigos e pobres, o que não abonou em relação à imagem do gato. Os olhos penetrantes que iluminam as noites contribuíram provavelmente para a catalogação do gato como espírito demoníaco. A cor preta era a cor das trevas e do mal, o que tornou os gatos desta pelagem os mais perseguidos pelos cristãos e inquisidores. A sua associação às práticas de bruxaria, apenas provocou um maior distanciamento entre os cristãos e o gato.
Pela altura do Renascimento, a Igreja Católica tinha já abrandado a caça às bruxas. Esta foi uma boa notícia para o gato por duas razões: por um lado os cristãos tinham conseguido reduzir a prática do sacrifício de animais e por outro, deixaram de ser perseguidos pelos próprios cristãos.
Mas da Idade Média resistiram as superstições profundamente enraizadas na cultura popular. Apesar de em Portugal ser mais comum associar o gato preto a um mau presságio, são várias as superstições que lhe são favoráveis noutros países.
A história de vida do gato preto é impressionante. Adorado por uns, sacrificado por outros, o gato preto sobreviveu a tudo apenas para reclamar o lugar que mais gosta de ocupar: um sítio quente, junto à janela.
… A ver as bruxas passarem?

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Tumores da cavidade oral

Nos animais mais idosos, além dos problemas dentários inerentes a uma higiene oral deficiente, podem aparecer problemas mais graves como os tumores da boca. Estes tipo de tumores é um dos mais comuns nos amimais e é mais frequente em cães do que em gatos.

Os tumores que afectam a boca podem ter origem nas gengivas, nos dentes, no osso da maxila ou mandíbula ou nos vasos sanguíneos e podem ser benignos ou malignos. Alguns aparecem na forma de grandes massas e outros podem ter aspecto de pequenas massas espalhadas por vários locais da boca.

Há vários sinais que podem chamar a atenção para que um destes problemas se esteja a desenvolver na boca como:
- Mau hálito
- Salivação excessiva
- Feridas nas gengivas que não curam
- Inchaços nas gengivas ou focinho
- Sangramento da boca
- Dificuldade em mastigar e/ou engolir
- Dor

Estas alterações passam muitas vezes despercebidos aos donos dos animais pelo que se torna importante que se faça periodicamente um exame à cavidade oral do seu animal. O diagnóstico definitivo é feito através de radiografias e de biopsia do tecido alterado. O tratamento varia conforme o tipo de tumor mas geralmente passa pela remoção da massa existente.
Se o seu animal tem algum desses sintomas ou se é idoso visite o seu veterinário com frequência e peça um exame oral.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Somos um PONTO VERMELHO da PATA VERMELHA


O que é a PATA VERMELHA?
A PATA VERMELHA é um projecto totalmente dedicado à angariação de fundos para tratamento médico de animais domésticos abandonados ou animais de companhia cujos donos não tenham meios financeiros para os tratamentos que necessitem.

O que faz?

Criaram uma “Farmácia” com donativos de medicamentos que estão a sobrar nas nossas casas e que revertem para os animais deles necessitados.

Quem beneficia?
Os principais beneficiários são as pequenas associações que vivem em permanentes dificuldades financeiras e particulares sem meios. (A nossa conhecida Nancy teve o apoio da PATA VERMELHA)

Como ajudar?
Entregue os medicamentos que lhe sobram em casa nos PONTOS VERMELHOS (Bichos & Caprichos, Clínica Veterinária, na Guarda e outros pontos por todo o país). Podem salvar a vida de milhares de animais.
Fazem falta medicamentos de medicina humana (antibióticos, etc), de medicina veterinária, desparasitantes internos e externos, consumíveis (seringas, ligaduras, desinfectantes) e rações de tratamento.
Pode também tornar-se sócio ou ajudar de outras formas.
Saiba mais em:
www.patavermelha.com

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Como ver a idade através dos dentes nos cães

Tanto os cães como os gatos apresentam uma dentição de leite e uma dentição definitiva. Sabendo qual é a dentição normal destes animais podemos saber algumas informações acerca deles, inclusivamente fazer uma estimativa da sua idade.
Até aos 7 meses de idade facilmente conseguimos saber a idade do cão através da
erupção dos dentes de leite e da sua muda pois cada tipo de dente de leite tem um tempo de erupção e queda.


A partir do ano de idade não é tão fácil ver a idade exacta do animal pela sua dentição mas mesmo assim podemos chegar a um valor aproximado tendo com base o desgaste dos dentes incisivos. Os incisivos definitivos dos cães jovens têm um recorte denominado de flor-de-lis que desaparece devido ao desgaste que sofre à medida que o animal envelhece.


O estado geral dos dentes definitivos vai variar muito com o tipo de alimentação do animal, o tipo de brinquedos que rói, os cuidados de higiene oral que lhe são prestados e ainda com alterações dentárias que possa ter (má oclusão, permanência de dentes de leite, etc). Quando todos estes cuidados são descurados podemos ser levados a pensar que os cães têm mais idade do que realmente têm pois pode haver um desgaste e queda acrescida de dentes.